quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Machados



Não há bem tão grande
que possa insentar
qualquer pequena maldade
que é capaz de escapar

Por entre dedos finos e inocentes
que não podem segurar
desejos frios e indescentes
comuns aos que podem sangrar

Nenhum mal é tão forte
pra conseguir condenar
um coração puro e nobre
que num momento teve de mudar

Pra se sentir mais humano
e ser capaz de desfrutar
do direito mais  mundano
o torto e vil direito de errar

E quem somos pra julgar?
De onde viemos e o que fazemos 
pra poder então condenar
os que vivem do jeito que vivemos?

Somos o que devemos ser
nascemos da perfeição
mas não podemos esquecer
que crescemos na imperfeição

Por isso aqui não há juiz
nem ao menos tribunal
não há réu ou juri
nada entre nós a cima do bem e do mal

Apenas a certeza maior
de que daqui nada se leva
ninguém se acha melhor ou pior
quando a vida enfim se encerra


    - Machados cortarão e dividirão a vida em dois lados nos quais seremos um só coração. Aí o bem será a úncia metade que nos restará e enfim nos veremos como irmãos.